Em 1965, Simone de Oliveira, magnetizou o país e a Eurovisão com palavras que muitos portugueses ainda sabem de cor: ‘Como o sol de inverno, não tenho calor’. Se a sua pele se arrepia quando ouve os acordes desta balada, deve lembrar-se que a letra, mesmo que incrivelmente bonita, está ligeiramente incompleta: o sol de inverno pode não aquecer, mas também escalda! De Verão ou de Inverno, a proteção da sua pele não pode tirar férias. Descubra as respostas às perguntas que nunca teve coragem de fazer sobre a proteção solar.
Já sabemos: está farta da lenga-lenga, já lhe repetiram dezenas de vezes que o sol é o inimigo #1 da pele. Excelente, pertence ao grupo de portuguesas que sabe o quão importante é proteger a pele dos UV ao longo de todo o ano. Mas mesmo que já tenha isto presente, será que sabe o significado de todas as siglas que vê na embalgaem do seu protetor solar? UVAs, UVBs, SPF, UVs... O que é que isto significa ao certo e como é que isto a ajuda a encontrar a melhor solução para proteger a sua pele quando precisa?
UVAs, UVBs: qual a diferença?
As descrições das embalagens podem, muitas vezes, confundir a cabeça de muitas pessoas, com múltiplas referências a UVAs, UVBs, proteção de largo espectro, etc etc.
Na verdade é muito simples: os raios UVA podem ser divididos em duas categorias – longos ou curtos – ambos penetram com maior profundidade do que os raios UVB, podendo causar desde envelhecimento precoce a alterações no ADN com consequências mais graves (como os melanomas). Não é por isso de estranhar que os UVA sejam responsáveis por 80% dos danos habitualmente causados na epiderme (a camada mais superficial da pele) e 97% dos danos à derme (camada intermédia da pele). Estes atingem a sua potência máxima durante os meses de verão, quando o calor também aperta - é aí que são mais perigosos, mas não se deixe enganar: embora menos agressivos, também são prejudiciais no Inverno ou quando está frio.
Os raios UVB têm menor alcance do que os UVA, agindo sobretudo nas camadas mais superficiais da pele. São responsáveis pelos escaldões e sensação de calor quando se ‘distrai’ na toalha e estão na origem de 65% dos casos cancro de pele. Para além disto, estão presentes da mesma forma durante todo o ano, seja inverno ou verão, assim como em qualquer canto do mundo.
Finalmente, o número de SPF (solar protection factor) ou FPS em português (fator de proteção solar) indica o número de vezes em que a proteção da sua pele é reforçada contra as agressões dos UVB. Por outras palavras, por quanto tempo a pele será capaz de tolerar a luz solar sem se queimar. Confusa? Não é a única - com um exemplo fica mais simples.
FPS15, por exemplo, significa que a pele pode suportar, aproximadamente, 15 vezes mais raios UVB do que seria normal, sem que existam danos - se a sua pele suportasse 2 minutos sem se ‘queimar’, com um FPS15 passa a resistir 30 minutos. Isto demonstra porque é que cada pessoa deve escolher um FPS adaptado ao seu tipo de pele - quem tem baixa resistência ao sol (pessoas com pele, olhos e cabelo claros, por exemplo) precisa de um FPS mais elevado.
Mas isto não basta: é igualmente importante certificar-se de que também está protegida contra danos UVA. Procure as letras 'PPD', ou o logotipo UVA, no seu protetor solar, de forma a garantir a melhor defesa possível. E qualquer que seja o protetor que escolha, lembre-se que não basta aplicar uma vez: deve reaplicar pelo menos de 2 em 2 horas ou sempre que tomar banho.
Como escolher o protetor solar?
Os protetores solares dividem-se em dois géneros:
Físicos ou minerais - Como o próprio nome sugere, o protetor solar físico cria uma camada visível à superfície da pele que a protege dos raios UV. Os ingredientes mais comuns incluem o óxido de titânio e o óxido de zinco.
Químicos - já estes contém um conjunto de ativos que são absorvidos pela pele, ajudando a refletir os raios do sol, reduzindo a sua capacidade de penetrar na pele e minimizando as agressões. Nesta categoria, pode encontrar ingredientes-chave como avobenzona, oxibenzona e homosalato.
Os raios solares têm vários comprimentos de onda, e a melhorar forma de se proteger, independemente do FPS, é encontrar um protetor contenha um conjunto de filtros que cubra uma maior proporção do espectro - o que normalmente requer que se use uma combinação de filtros físicos e químicos. Mas mesmo o mais completo dos protetores não a protege a 100% da radiação solar, pelo que deve procurar adotar sempre uma postura responsável em relação ao sol: evitar as horas de maior calor, usar chapéu e óculos de sol, beber muita água, etc.
Um bom hábito para arrancar o ano de forma responsável: começar a usar um FPS no seu cuidado de rosto diariamente, para se proteger do envelhecimento precoce ao longo de todo o ano. A Vichy propõe-lhe muitas soluções com FPS: Idéalia BB Cream (FPS25), Slow Âge Fluido (FPS25) ou Creme (FPS30) e Liftactiv Supreme UV (FPS15), para além das bases Teint Idéal e Dermablend, que também apresentam vários níveis de proteção em função da textura.