Devemos parar de tomar a pílula durante a pré-menopausa?

A menopausa não é sinónimo de sexo sem contraceção porque a mulher não deixa de ser fértil de forma imediata.
É por isso que é aconselhável seguir as recomendações de um ginecologista no primeiro período de entrada na menopausa.

Como a fertilidade da mulher não termina de forma imediata, a primeira recomendação é consultar um ginecologista. Caso tal não seja possível a curto prazo, é aconselhável continuar a tomar medidas contracetivas na pré-menopausa.

Fica a saber PORQUÊ em pormenor

A perimenopausa ou pré-menopausa, o período de transição que antecede a menopausa, pode durar desde alguns meses até vários anos.
É caracterizado por flutuações hormonais que causam períodos irregulares.
Fazer um tratamento ou verificação hormonal na pré-menopausa não é aconselhável, porque os níveis de hormonas variam muito de um momento para o outro, fazendo com que a interpretação dos dados seja muito desafiante e possivelmente incorreta. Assim, manter um método contracetivo eficaz é a opção mais segura, porque a fertilidade pode continuar a ser uma realidade.

Depois dos 50, o risco de gravidez é raro, mas ainda assim é aconselhável a contraceção local.
Sugerimos que as mulheres interrompam a toma da pílula para ver se o seu ciclo menstrual regressa ou não. Depois de ocorrer a menopausa, os ovários deixam de produzir folículos ou hormonas, tornando impossível uma gravidez.

A diminuição dos folículos ovarianos começa a partir dos 35 anos, acelera na pré-menopausa e leva a uma perda de fertilidade. Embora isto varie muito de mulher para mulher, a probabilidade de uma mulher ficar grávida inesperadamente depois dos 45 anos é de cerca de 15%.
Por este motivo, a contraceção é recomendada em mulheres na pré-menopausa com uma vida sexual ativa(1).

Elementos importantes a reter:
• Não ficas imediatamente infértil assim que entras na pré-menopausa.
• A gravidez depois dos 45 anos é de cerca de 15%

Dica rápida:
● consulta regularmente o teu ginecologista para saber quando deves parar de tomar a pílula

REFERÊNCIA
1. Lambert M, Begon E, Hocké C. La contraception après 40 ans. RCP Contraception CNGOF 2018.