Tal como acontece com outros sinais de envelhecimento, nunca ninguém se lembra das manchas escuras – até que passam a ser quase uma obsessão. O que começou como uma pequena sarda adorável pode crescer e deixar a sua marca – tanto em termos de tamanho como em termos de impacto na tua autoestima. Antes de pensarmos em eliminá-las, precisamos de compreender o que são as manchas escuras e porque é que tendem a aparecer primeiro no rosto, à medida que os anos passam.  Ainda mais importante, é verificar se não são perigosas. Para isso, consulta o teu dermatologista.

Por trás de todas as manchas está o processo de hiperpigmentação. Acontece quando um pigmento – a melanina, responsável por produzir a cor da pele – entra em hiperatividade. Esta quantidade aumentada de melanina pode ser causada por danos na pele, sobretudo provocados pelo sol, inflamação, acne ou outras agressões responsáveis pela inflamação, como stress ou fadiga.  A gravidez também provoca uma maior produção, levando à chamada "máscara de gravidez" (melasma). Com a idade, o número de manchas escuras aumenta. E a própria genética pode desempenhar um papel. Ou seja, as manchas escuras podem ser causadas por pelo menos seis fatores diferentes, ou uma combinação dos mesmos. Felizmente, o aparecimento de uma mancha escura não precisa de ser irreversível.

Como remover manchas escuras.

Além de tratamentos estéticos mais intensos, adotar cuidados da pele testados por dermatologistas pode ajudar a parar a propagação das manchas escuras de forma delicada. Os ingredientes despigmentantes certos, combinados com esfoliantes que removam as células da pele, ajudam a esbater as manchas de forma progressiva. Experimenta peelings naturais baseados em ácidos de frutas (AHA) ou ácido glicólico, que – apesar de conterem ‘ácido’ no nome – são tão delicados quanto eficazes. Procura ingredientes queratolíticos – os que promovem a suavidade e o peeling da epiderme – pois ajudam a aumentar a renovação da pele e a recuperar um tom de pele uniforme.

O uso de proteção solar – de forma generosa e diária – protege a pele por completo, especialmente onde já há excesso de produção de melanina. A exposição ao sol é o principal fator nas alterações da pigmentação da pele(1). Estudos demonstraram que o processo de envelhecimento na faixa etária entre os 20 e os 80 anos produz uma diminuição anual da clareza da pele, mas que a aplicação regular de um produto cosmético com proteção solar contraria este processo de escurecimento. Mais um motivo para tornar o uso de proteção solar tão habitual quanto o uso de hidratante.

Investe numa pele luminosa: usa um creme com Vitamina C para te livrares das manchas escuras

Dá uma dose extra de Vitamina C à tua pele.  Este elemento natural é um dos ingredientes dermatológicos mais conhecidos pela sua capacidade de interromper totalmente o processo de produção de melanina – além da sua ação em matéria de prevenção e correção. A sua ação antioxidante e anti-inflamatória combinada ajuda a evitar a formação de novas manchas escuras, ao neutralizar os radicais livres causados pela poluição e pelos raios UV. O seu poder vitamínico também inibe a principal enzima (tirosinase) responsável pela produção de melanina (melanogénese)(2). Também conhecida como ácido ascórbico, procura as formas mais puras de Vitamina C em altas concentrações.  A partir de 5%, é eficaz a contrariar a pigmentação(3).

Aposta num cuidado profundo: remove o excesso de melanina

Esfoliar a pele ajuda a remover o excesso de melanina, antes que seja absorvida profundamente, e promove a renovação celular. Uma nova geração de cosméticos formulados com ingredientes esfoliantes de origem natural e com uma ação de peeling natural comprovada pode remover o excesso de melanina. Procura produtos baseados em ácidos de frutas (AHA) ou ácido glicólico para eliminar os pigmentos de melanina, prevenir a descoloração e promover a uniformidade do tom da pele.

FONTES: 
1. Seasonal skin darkening in Chinese women: the Shanghaiese experience of daily sun protection: Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology.
2. N' Guyen (2002) showed the inhibitive action of the Vitamin CG on the activity of the mushroom tyrosinase.
3. Moyal D, 06/2003 and 12/2003.