OS MECANISMOS BIOLÓGICOS DA QUEDA DE CABELO
Quais são os mecanismos biológicos subjacentes à queda de cabelo?
J-F. M: Quando desregulados, existem vários mecanismos biológicos que podem levar à queda de cabelo. Esta queda pode ser progressiva ou repentina, mais ou menos séria, difusa ou localizada.
O tipo mais comum de queda de cabelo é alopecia androgénica, que afeta mais de 50% dos homens durante a sua vida e as mulheres especialemente após a menopausa. O mecanismo subjacente a este tipo de alopecia é uma sensibilidade acrescida do couro cabeludo aos androgénios (hormonas masculinas), que leva a um decréscimo progressivo do tamanho dos folículos capilares. A "miniaturização" do cabelo (em vez da queda) resulta na fragilização do cabelo.
Outros mecanismos entram em ação no caso da alopecia difusa, que afeta tanto homens como mulheres. Este tipo de queda de cabelo pode ser causada, por exemplo, por uma quimioterapia a um ritmo acelerado que quer destruir indiscriminadamente a proliferação das células nos órgãos afetados pelo tumor. Tendo em conta que as células na base dos folículos capilares são as mais ativas do corpo humano, elas também sofrem com o tratamento e são destruídas como efeito secundário. Este tipo de queda de cabelo é conhcida como effluvium anagénico porque o cabelo cai durante a fase de crescimento (anagénica).
No effluvium telogénico (queda de cabelo na fase de repouso do ciclo capilar, sem crescimento), observada maioritariamente em mulheres, os folículos capilares caiem em quantidades muito superiores aquelas vivenciadas num dia normal (entre 50 a 100 cabelos por dia). Os mecanismos envolvidos são vários: perturbações hormonais após a gravidez; uma dieta desequilibrada; deficiências de ferro ou zinco; efeitos secundários de medicação; e o stress.
Finalmente, no caso da alopecia areata, que é um tipo de queda de cabelo auto-imune inflamatória, o corpo já não reconhece certas células do folículo capilar como suas. O seu sistema imuntário ataca-as e o cabelo cai mais ou menos em extensos fragmentos.
Os mecanismos são os mesmos para diferentes tipos de cabelo?
J-F.M: Mesmo que a forma (reto, encaracolado, ou ondulado), o o contorno (redondo ou elipsoidal) ou a cor do cabelo varie de acordo com as regiões do mundo e diferentes grupos étnicos, os mecanismos que provocam a queda de cabelo são idênticos em todas as populações.
No que toca a natureza do cabelo, os investigadores têm observado a hipertrofia das glândulas sebáceas (a glândula que permite que a haste capilar seja lubrificada) nos pacientes com alopecia androgénica. Este é um sinal de que esta glândula é particularmente sensível à dihidrotestosterona (DHT), o androgénio responsável pela miniaturização dos folículos capilares mencionados anteriormente, que podem concomitantemente levar a um aumento da pordução de sebo e assim tornar o cabelo mais oleoso do que o normal.
Quais são as últimas descobertas cientifícas acerca dos mecanismos da queda de cabelo?
J-F.M: Grande parte da investigação atual está focada no importante papel desempenhado pelas células estaminais no cresciemento e renovação dos folículos capilares e uma melhor compreensão de como é que estas células funcionam, o ambiente onde se encontram e os problemas que podem vivenciar.
Um estudo recente revelou o papel fundamental desempenhado pelo revestimento conjuntivo (o revestimento mais periférico do folículo capilar) em tornar "disponível" as células estaminais necessárias para o crescimento de um folículo capilar futuro.
No final de cada ciclo capilar, em casos saudáveis, este revestimento conjuntivo (composto por colagénio) comporta-se como uma banda elástica e permite ao folículo capilar ascender à superfície do couro cabeludo para que possa recarregar-se com as células estaminais em contacto com a reserva das mesmas. Uma vez recarregado, o folículo capilar move-se para dentro do couro cabeludo para se fixar mais profundamente e inicia o crescimento de uma nova fibra capilar.
Se o revestimento conjuntivo perde as suas propriedades mecânicas, então (como é suspeito no caso das pessoas que sofrem de alopecia androgénica por causa da deposição de colagénio), o folículo capilar não vai conseguir recarregar-se de forma adequada com as células estaminais e o crescimento de novo cabelo vai ser interrompido.
O desafio durante os próximos anos é conseguir entender de forma mais clara a biologia destas células estaminais e melhorar o seu ambiente para garantir um crescimento saudável dos folículos capilares.
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